sábado, 20 de junho de 2009

Dez e quarenta e nove

Dez e quarenta e nove.
Eu tenho tempo.
Conto as horas.
E a parada não começou.

Dez e quarenta e nove.
Esperei por dias.
Gravei na memoria.
E a parada não começou.

Dez e quarenta e nove.
Fui atras de cigarros.
Pra aguentar o frio, só queimando mato.
E a parada não começou.

Dez e quarenta nove.
Nem banho de abô tomei.
Na cachaça velha engasguei.
E a parada não começou.

Dez e cinquenta...

Gerson Brandão

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